LOJA HORUS/MAAT
KUNDALINI
Kundalini é a força vital presente em todos os seres animados
do Universo, ou seja, naqueles que são capazes de inspirar e expirar. Aliás, é
assim que essa energia é "obtida": por meio da respiração em seus vários níveis.
A palavra Kundalini vem do sânscrito Kundal, que significa espiral, e também do
termo Kundalini, que quer dizer enrolado. Alguns autores a definem como
"serpentina". A Kundalini nasce na base da espinha dorsal e para que o indivíduo
possa ter uma vida consciente e evolutiva, é necessário que essa energia seja
liberada, ativada. Geralmente, a kundalini aparece representada por uma serpente
adormecida e que precisa ser despertada: seus movimentos espiralados e sua
postura (enrolada em si mesma) são típicos desse animal. Sua energia é ígnea, e
enquanto dorme está congelada, um fogo morto. Quando o praticante a desperta,
sua evolução dispara e sua força é tão grande que as correntes tântricas a
consideram "a mãe divina que alimenta seus filhos". No homem "comum", ela dorme
profundamente, e no homem "desperto", ela atua evolutivamente. Por meio das
práticas tântricas, kundalini desperta rapidamente, produzindo estados de
samádhi (iluminação). Segundo o mestre de Yoga Shivananda, "nenhum samádhi é
possível sem kundalini". Portanto, as correntes iniciáticas e espiritualistas
que só trabalham com teorias ou práticas sem grandes pretensões estão atuando
somente no plano mental, ou seja, sem trabalhar energeticamente com kundalini.
"A Kundalini é um aspecto da consciência eterna e suprema, com e sem atributos.
No aspecto sem atributos (nirguna), ela é a vontade da consciência cósmica, a
consciência pura. Com os atributos (saguna), esta energia é muitas vezes
personificada como kundalini, um aspecto da Grande Deusa, como a energia
primordial! (...)". Harish Johari, em seu livro Chakras.
Kundalini: é a força ou energia física, em princípio sexual. É o poder que move
tudo o que é vivo no universo. acrocosmicamente é Shakti, a força de Shiva, o Eu
Maior ou a própria existência. Osho define Kundalini "como uma serpente que se
move através dos chakras e no fim, quando a iluminação é alcançada, é liberada
pelo último chakra localizado no alto da cabeça". Os efeitos da ativação da
Kundalini sem que se esteja prévia e devidamente preparado, pode apresentar
consequências desagradáveis. A ativação da Kundalini se dá por meio de um
processo bastante lento, gradativo, que exige persistência e uma conduta moral
adequada por parte do praticante. Quando a Kundalini se eleva, o Ser adquire
consciência plena de si mesmo e desenvolve outros poderes, que em geral, são os
mesmos de um yoguin: clariaudiência e clarividência, intuição, saúde perfeita,
magnetismo sexual, etc. Mas quem busca a prática apenas para alcançar esses
poderes, jamais consegue aquilo que almeja. Os poderes de Kundalini são somente
uma emergência da iluminação e evolução. Ao ser desperta, a kundalini se expande
através das nadi (nadi vem de nad, e significa movimento; no Rig Veda, a palavra
é traduzida por corrente). As Nadis são canais que conduzem a energia pelo
corpo, o que inclui os meridianos (conhecidos pela acupuntura), os vasos, os
nervos, as artérias, os músculos e as veias. Assim, as nadis estão divididas em
dois grupos: o sutil (responsável pela condução de energias sutis) e o denso
(condutor de elementos físicos, visíveis. É o caso dos canais condutores de
sangue, de alimentos, etc). As nadis estão relacionadas aos chakras, e a nadi
central é conhecido por Sushumna. Esta, por sua vez, encontra-se situada no
centro do corpo e passa através da coluna vertebral, que recebe o nome de meru
danda. O Sushumna nasce no Muladhara Chakra (consulte neste site "Chakras), e se
estende corpo acima, até unir-se ao Sahasrara Chakra (que se situa no alto da
cabeça). No espaço fora do meru danda, estão dois outros nadis, denominados Ida
e Pingala. Ida é o canal esquerdo, de natureza feminina, lunar, emocional e
materna. Por estar associado à procriação e à purificação, também é conhecido
como Ganga (o rio sagrado da Índia). Pingala, por sua vez, é o canal direito, de
natureza masculina, solar, racional e dinâmica.